domingo, 13 de novembro de 2011

✝ Pessimiste ✝

Um poema da Tia Dix,pra vocês Chéries'
(e claro,com um título de uma das músicas do Moi Dix Mois)



A noite cálida adentra os portões metálicos da sala de jantar.Um súbito silêncio se propaga e ninguém consegue olhar para os olhos frios e meticulosos dos outros.
Lá fora,a Deusa sopra sobre os campos verdes cobertos pela escuridão,banhados na sabedoria do ser.
E os peitos afugentados dos seres que habitam o velho casebre,saltam e comicham assuntos distintos.
A lágrima cor de escarlate cai,sombriamente,pelos rostos sem expressão,notáveis até mesmo na pura escuridão que os cerca.
Ninguém sabe ao certo porque,ninguém sabe por onde ou como tudo isto foi acontecer.Apenas as palavras sumiram e os sentimentos foram apagados da memória,como pássaros que esquecem seus ninhos por migração.
Se o real existe,ninguém sabe.Apenas continuam a viver,na penúria e no silêncio,como quem clama pela morte.
Eles não reconhecem mais seus rostos,eles não reconhecem mais seus atos e nem suas obras.Eles só fingem para sua alma que procuram por amor,mas na verdade  não querem isso.Eles fingem que sentem sua falta,mas querem que você morra sem poder se explicar.
Suas mãos se batem na mesa,em movimentos rápidos,e almas se formam em sua volta.
Devoram a carne pútrida dos cadáveres e se viram com indiferença para o nada.Sua casa é seu nada e seu nada é seu tudo.
Se intimidar é algo fora de cogitação,pois eles não são assim por seu próprio desejo.As criaturas sem alma que vagueiam por suas almas,são nada mais nada menos do que a inveja que eles sentem por não serem como nós.Apenas,pessoas ..

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