Última parte - Espero que tenham gostado da entrevistas,minhas cerejinhas ~*
Moi dix Mois, Entrevista com Mana, parte 1 de 3. (12/04/2007)
Bem, depois de três dias essa é a terceira parte da nossa entrevista com o Mana do Moi dix Mois. Dessa vez falaremos de episódios que aconteceram durante a gravação, eventos dos bastidores e etc.
“Estou buscando o DIXANADU e, de agora em diante, continuarei fazendo o mesmo.”
— Enquanto o DIXANADU contém 12 músicas separadas, incluindo instrumentais, dá pra perceber que elas estão conectadas. Ainda que você possa ouvi-las individualmente, você quis que fizessem parte de um trabalho maior?
Mana: Definitivamente, cada música existe no mundo chamado “DIXANADU”, então quero que sejam ouvidas como um todo, mas também desejo que sejam escutadas como músicas individuais; assim sendo, há realmente dois lados. No entanto, não as escrevi especificamente para que fizessem parte do DIXANADU, por isso você não deve chamá-lo de álbum conceitual. Mas em geral, tive que deixar meu coração de lado e enquanto imaginava o universo do álbum na minha cabeça, decidi coisas como a ordem das faixas e o tempo entre elas.
— E, claro, isso influenciou os visuais e o encarte do álbum, certo?
Mana: Ah, sim, há algo importante a esse respeito.
— O que é?
Mana: Você deve ter notado que a ordem das músicas e a ordem das letras no encarte não coincidem. Então há instruções impressas no obi [NTB: Suponho que se refira ao papel que normalmente vem ao lado da caixa do CD?]. Então ainda que pareçam aleatoriamente desorganizadas, não é um erro. Digo isso porque para unir as letras com o visual, quis fazer de tal maneira que ambas se sobrepusessem. Você se perguntava se isso era um erro? ¹
— Sim, me perguntei se vocês não pensaram apenas “Sim, vamos colocar isso aqui…” [?] (risos). Bem, ao escolher não fazer do jeito usual, não faz isso ter um conceito?
Mana: Sim, ao que parece. Tornou-se um trabalho que me faz feliz se alguém apenas olhar para o encarte. Quando você lê as letras e observa as imagens, o que você sente? Deixo isso para aqueles que têm o CD.
— Entendo. Dessa vez, o processo de gravação do álbum seguiu tranqüilo?
Mana: Na verdade, foi temeroso porque foi a primeira vez que o Moi dix Mois renascido gravou um álbum completo e, embora tenhamos tido algum progresso, ainda corremos ao gravar as músicas inacabadas. Começamos a gravar em Dezembro, mas eventos surgiam, como a abertura da Moi-même-Moitié de Hiroshima, minha volta ao lar anual², aquele programa de rádio por volta do Ano Novo…
— Oh, certo, aquele foi nosso própria “333music.wave” gravação pública, desculpe (gota)…
Mana: Não, está tudo bem. Bom, houve muita coisa boa com relação a gravação dessa vez. Pensei que embora estivesse voltando pra casa, ainda teria a chance de escrever alguma música, mas no fim das contas, não consegui fazer nada (risos).
— Como sempre, como sempre (risos).
Mana: E então acabei com uma febre, infelizmente (sorriso amarelo)³. Mas não deixo isso impedir minhas composições… Então, com esse pensamento eu dei as boas vindas ao Ano Novo. Estava muito preocupado com tudo. Até acabei entregando as letras durante a segunda metade das gravações, quando estávamos prestes a gravar os vocais. Também estava mudando os arranjos no meio da gravação. Pergunto-me se os outros membros também estavam preocupados… Eu provavelmente diminuí a duração de vida deles com toda a apreensão… (risos).
— Apesar disso, você ainda conseguiu um bom produto final. Então todo o álbum é resultado disso (claramente).
Mana: Sim, ao que parece. Trabalhando nos detalhes daquela forma, acho que foi isso que trouxe à tona um bom resultado.
— Soa como se você estivesse se desculpando (risos).
Mana: Nah, mesmo com toda aquela atividade, houve pontos positivos. Se tivéssemos mais tempo para trabalhar nele, não pareceria que estávamos negligenciando?
— Mas continua ok, você está dizendo.
Mana: Sim, sim, claro. Se tivéssemos tido mais tempo, poderíamos ter trabalhado mais sistematicamente e fazê-lo perfeito, mas claro, nunca funciona assim. É como tarefa de casa de férias de verão (risos). Não há pessoas que começam a fazê-la no fim do verão e ficam sobrecarregadas com isso?
— Verdade.
Mana: Pergunto-me se é algo de personalidade. Porque meu tipo sanguíneo é O. As pessoas desse tipo não são dóceis e magnânimas? Não sei se depende da pessoa, mas não sou de forma alguma tão metódico.
— Isso me lembra que, durante uma sessão de fotos muito tempo atrás, você usava um vestido, estava sentado em um sofá sendo entrevistado, e quando o entrevistador terminou e você se levantou, uma enorme escova de cabelo estava no local onde você estava sentado, ou algo do tipo (risos). Por cerca de uma hora você esteve sentado lá e não se deu conta de que sentava em uma escova… (risos).
Mana: … Não lembro disso (risos). Bem, voltando ao assunto, acho que se não tivesse tido como trabalhar nos detalhes naquela situação, então não teria sido tão bom. Suponho que tenha parecido bem calmo no início das gravações, mas todos os detalhes estavam girando na minha cabeça. Enquanto eu me perguntava, “Devo fazer isso assim? Como devo fazer?”, o tempo foi passando e eu nunca pensei em parar. Numa situação dessas, não consigo mudar e fazer outra coisa tão bem. Então qual a melhor coisa a se fazer nesse caso?
— É mesmo… Digo isso porque não sou um consultor pessoal [?] (risos). Bem. Depois que esse trabalho for lançado, você tem seu primeiro show no dia 19 de Maio, no Ebisu Liquid Room. Uma chance para os fãs sentirem o mundo do DIXANADU ainda mais em três dimensões. Acho que você tem muitos admiradores aguardando por isso.
Mana: Sim. Essa será a primeira vez que os fãs poderão sentir o universo do DIXANADU ao vivo, mas temos muito tempo até lá, então espero que eles escutem e se familiarizem com ele antes.
— Porque essa é uma forma do DIXANADU.
Mana: Claro.
— Mas você disse que continuará buscando o DIXANADU.
Mana: Sim, estou buscando ele nesse momento e de agora em diante seguirei fazendo isso.
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